Ao perder seu filho, um diplomata decide adotar uma criança recém-nascida para esconder o acontecido de sua mulher, mas ele não imaginava o mistério sombrio por trás dessa criança desconhecida e todos os males que viriam com ela. Lançado em 1976, sendo um clássico do terror, confira abaixo 10 curiosidades sobre o filme A Profecia.
Crédito: Reprodução | 20th Century Studios |
$ads={1}
01. IDEIA PARA O FILME E DESEVOLVIMENTO
A ideia inicial para este filme veio de Robert L. Munger que se inspirou no livro de Apocalipse da Bíblia. O produtor Harvey Bernhard se interessou pela ideia, e o roteirista David Seltzer foi o responsável por desenvolver as histórias em volta da ideia de Munger.
O diretor Richard Donner se interessou pelo projeto devido à popularidade da temática na época após o lançamento do filme O Exorcista (1973).
O filme era intitulado originalmente como “O Anticristo”, e depois mudado para “A Marca de Nascimento”, e teria cenas mais explícitas de terror com demônios, mas foram alteradas para atraírem os estúdios para a produção.
A Warner Bros. achou a história muito parecida com O Exorcista e demorou a aceitar o projeto. Donner, então, procurou os estúdios 20h Century Fox, que passava por dificuldades na época devido ao fracasso de bilheteria dos filmes Amor, Eterno Amor e O Pássaro Azul (1976).
Para a Fox, A Profecia representava uma oportunidade devido a temática semelhante ao filme da Warner, porém, os produtores exigiram que o filme fosse mais realista, sem acidentes bizarros e com mortes possíveis de serem explicadas facilmente.
02. ESCALAÇÃO HARVEY SPENCER PARA O PERSONAGEM DAMIEN
Durante a escalação do personagem Damien Thorn, o menino da profecia, o diretor Richard Donner pediu ao jovem Harvey Spencer Stephens que o batesse, o menino atendeu aos pedidos do diretor e após lhe dar um chute, Donner decidiu que ele seria ideal para o personagem.
Seu cabelo, originalmente loiro, foi tingido de preto para as gravações.
03. GREGORY PECK HAVIA PERDIDO UM FILHO POUCO ANTES DE SER ESCALADO
Para o papel do embaixador Robert Thorn, alguns nomes foram considerados como Charlton Heston, William Holden e Roy Scheider.
Gregory Peck seria uma escolha melhor para o filme, já que era um ator reconhecido na época, porém, o estúdio relutou em entrar em contato com o ator pois ele tinha acabado de perder seu filho Jonathan, por suposto suicídio.
Com o tempo, eles acabaram entrando em contato com Peck para o papel, que aceitou após ler o roteiro. Ele assinou um contrato para receber apenas US$ 250 mil dólares por sua atuação, mais 10% da arrecadação final do filme, o que foi uma jogada arriscada e certeira que lhe rendeu mais de US$ 6 milhões de dólares.
$ads={2}
04. FENÔMENOS (SOBRE)NATURAIS
Coincidência ou não, foram observados alguns fenômenos durante a produção do filme, como um raio que atingiu o avião onde estava Gregory Peck indo para um set de filmagens em Londres e outro raio que atingiu o avião do produtor Mace Neufeld quando ele estava indo para a Inglaterra semanas depois.
Durante as filmagens em Londres, a cidade sofreu com ataques do IRA, um grupo terrorista irlandês, e enquanto a produção estava se dirigindo para o metrô, uma estação sofreu um ataque do grupo.
Outro fato, foi um avião que a produção tinha reservado, mas foi utilizado antes, e acabou sofrendo um acidente após colidir com pássaros e atingir um carro, matando os passageiros do veículo.
05. GRAVAÇÕES NO ZOOLÓGICO E MORTES
Uma das cenas gravadas que foram cortadas na produção final, foi um encontro de Damien com leões. O diretor decidiu gravar as cenas com os babuínos e essas foram as que acabaram sendo utilizadas no filme.
Horas depois das gravações, dois leões escaparam e entraram em uma cabine onde estava um guarda do zoológico, e os animais acabaram matando o homem. No dia seguinte, um membro da produção do filme também foi atacado e morto, mas por um tigre.
Durante a gravação da cena com os babuínos, a atriz Lee Remick realmente estava presa no carro com Harvey Spencer e os animais foram soltos, mas Remick teve dificuldades para mudar a marcha do carro e seu desespero nas câmeras era real.
Os babuínos estavam sem comer há algum tempo antes das filmagens e alimentos foram colocados ao redor do carro para atraí-los, além de um treinador que estava dentro do carro com dois filhotes para realmente irritar os babuínos do lado de fora. A produção conseguiu retirar os babuínos para o alívio da atriz.
06. ACIDENTE COM O ESPECIALISTA EM EFEITOS VISUAIS
Após o lançamento do filme, o responsável pelos efeitos especiais de A Profecia, John Richardson, já estava trabalhando em outro projeto: Uma Ponte Longe Demais (1977).
Durante a produção ele se envolveu em um acidente com Liz Moore, que trabalhava com ele. O carro em que eles estavam colidiu, e ela acabou sendo decapitada, uma imagem semelhante a cena da morte de Keith Jennings no filme.
Richardson disse posteriormente que havia uma placa no local escrito “Ommem” semelhante ao título original de A Profecia (The Omen) e na placa também indicava a quilometragem “66,6 km”.
07. USO DOS FENÔMENOS PARA A PROMOÇÃO DO FILME, BILHETERIA E SEQUÊNCIAS
Após ter conhecimento dos acontecimentos durante as gravações, a Fox decidiu usá-los na divulgação do filme, como na frase: “Você foi avisado. Se algo assustador acontecer com você hoje, pense nisso. Pode ser A Profecia”. O resultado foi um sucesso de marketing.
O filme arrecadou mais de US$ 60 milhões de dólares, recuperando as finanças da Fox que investiu US$ 2,8 milhões de orçamento.
O lucro do produtor Alan Ladd Jr. foi fundamental para ele produzir o filme Star Wars em 1977.
O sucesso também criou uma franquia com as sequências: Damien: A Profecia 2 de 1978, A Profecia III - O Conflito Final de 1981 e A Profecia IV: O Despertar de 1991, além de um remake estrelado por Liev Schreiber, lançado em 2006.
08. VERSÍCULOS NÃO ESTAVAM REALMENTE NA BÍBLIA
Os versículos que os personagens de Gregory Peck e David Warner leem que indicaria a vinda do anticristo a Terra e como derrotá-lo, na verdade não está na Bíblia, mas foram criados com inspirações em passagens do livro de Apocalipse, bem como a data que ele nasceria sendo 6 de junho, às 6 da manhã, fazendo uma referência direta ao número interpretado como sendo o número da besta, 666.
O roteirista David Seltzer afirmou que nunca tinha lido a Bíblia antes de fazer esse roteiro.
09. O FINAL FOI ALTERADO
O final original do filme mostraria um caixão que teria o jovem Damien, revelando que ele havia morrido com seu pai na cena anterior na igreja, porém, o estúdio pediu que o diretor mantivesse o personagem vivo no final. Assim, Donner gravou uma cena mostrando o funeral de Thorn com Damien vivo e após um tempo, sorrindo para a câmera.
Donner afirmou que gravou a cena pedindo para o menino não sorrir, e ele segura o riso até não conseguir mais, o que deixou a cena com o tom que o diretor queria.
10. OSCAR
O filme foi indicado em duas categorias no Oscar de 1977: Melhor Canção Original para Ave Satani, que passaria a ser utilizada em outros filmes com temática semelhante a partir de então, mas que não levou o prêmio; e a categoria Melhor Trilha Sonora, essa sim premiando o compositor de A Profecia, Jerry Goldsmith. Porém, ele não foi ao evento acreditando que não levaria nenhum dos dois prêmios. Goldsmith já recebeu 18 indicações no total e essa foi sua única vitória.