O épico bíblico, baseado no Novo Testamento, narra as últimas 12 horas de vida de Jesus de Nazaré, e gerou grandes discussões religiosas após a sua produção. Lançado em 2004, confira abaixo 10 curiosidades sobre o filme A Paixão de Cristo.
Créditos: Reprodução | Icon Productions |
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01. IDEIA E PRODUÇÃO DO ROTEIRO
O roteiro do filme foi escrito em inglês por Mel Gibson com Benedict Fitzgerald, baseados nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João do Novo Testamento, além de inspirações de outras obras religiosas como A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Gibson queria que o filme fosse falado em idiomas mais próximos a história original e assim o roteiro foi traduzido para o latim, aramaico e hebraico por William Fulco.
A ideia era que pela história já ser bem conhecida, Gibson queria que apenas a narrativa fosse suficiente para o público entender o desenvolvimento e por isso também não queria legendas no filme, entretanto, as legendas acabaram sendo adicionadas posteriormente.
02. NENHUMA EMPRESA QUERIA FINANCIAR
Com o filme não sendo falado em inglês e, principalmente por ser falado em idiomas considerados mortos, nenhuma empresa estava interessada em financiar o projeto. Gibson teve que investir por conta própria através de sua empresa, a Icon Productions, gastando cerca de 30 milhões de dólares na produção e 15 milhões de marketing. As gravações ocorreram na Itália.
A distribuição também foi rejeitada por estúdios por mostrar os judeus como cúmplices da crucificação.
03. MUDANÇA DO TÍTULO
O filme seria originalmente lançado apenas como “A Paixão”, porém, durante a produção Gibson soube que a Miramax Films estava produzindo um filme com o mesmo título e assim renomeou para A Paixão de Cristo.
Mesmo a Miramax não lançando seu projeto como A Paixão, Gibson manteve o título A Paixão de Cristo para o lançamento final do filme.
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04. JIM CAVIEZEL FOI BOICOTADO EM HOLLYWOOD
O ator Jim Caviezel foi o único estadunidense no elenco do filme. Ele vinha de sucessos de atuação em filmes como Além da Linha Vermelha (1998), Olhar de Anjo (2001) e O Conde de Monte Cristo (2002).
Mel Gibson, porém, alertou Caviezel assim que o convidou para o papel de Jesus, de que ele teria dificuldades em conseguir papeis em Hollywood após este filme. Mesmo assim o ator aceitou o papel.
As previsões se confirmaram e Caviezel afirmou que passou a ser evitado em Hollywood após sua atuação como Jesus.
05. CARACTERIZAÇÃO DE CAVIEZEL
Para se preparar para o personagem, Caviezel colocou uma prótese de nariz e parte do seu cabelo foi raspado para que a peruca tivesse maior aderência, e seus olhos azuis foram alterados digitalmente para castanhos. O processo de maquiagem começava as 2h da manhã para adicionar os hematomas que o personagem sofre ao longo do filme.
06. NÃO FOI FÁCIL INTERPRETAR JESUS
Para garantir a segurança física de Caviezel nas cenas em que Jesus é chicoteado, uma proteção foi adicionada atrás do ator para ser utilizada pelos atores como alvo dos chicotes. Ainda assim, Caviezel foi atingido acidentalmente em dois momentos. O ator afirma que a dor o fez perder a respiração no momento e até machucou seu pulso que estava algemado.
O restante das gravações foi feito sem o uso do couro, que foram adicionados digitalmente na pós-produção.
Mas, Caviezel sofreu de outras formas ao longo das filmagens: ele foi atingido por um raio, teve seu ombro deslocado quando a cruz com cerca de 68 quilos caiu sobre ele, sofreu com pneumonia e hipotermia devido ao frio do inverno italiano durante as filmagens da crucificação e teve enxaquecas constantes por ter que cobrir um olho com a maquiagem. Após as gravações, ele ainda passou por uma cirurgia cardíaca devido ao estresse extremo nos sets de filmagem.
07. APARIÇÕES DISCRETAS DE MEL GIBSON
O diretor Mel Gibson tem breves e discretas participações no filme. São suas mãos que aparecem pregando Jesus na cruz e é seu pé que Maria Madalena toca. Também são as mãos de Gibson que amarram as cordas na qual Judas se suicida.
08. MORTES RELACIONADAS AO FILME
Apesar da classificação indicativa do filme ser para 18 anos, o público não esperava que o filme mostrasse tanta violência.
Uma senhora de 56 anos nos Estados Unidos, desmaiou durante a cena da crucificação e acabou falecendo no hospital horas depois. No Brasil, um senhor de 43 anos faleceu em Belo Horizonte enquanto assistia ao filme no cinema.
09. PREMIAÇÕES
Originalmente, Mel Gibson não queria uma trilha musical no filme, mas ao longo da produção foi convencido a adicionar e com isso ele conseguiu a indicação de Melhor Trilha Sonora no Oscar de 2005. Além deste prêmio, o filme foi indicado nas categorias Melhor Maquiagem e Melhor Fotografia, mas não levou nenhum.
Apesar de não ser falado em inglês, o filme não pôde concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro por ser produzido pela Icon Productions, uma produtora dos Estados Unidos.
No MTV Movie Awards de 2004, Jim Caviezel foi indicado a Melhor Ator, mas perdeu para Johnny Depp por sua atuação em Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra.
10. BILHETERIA, PROIBIÇÃO DE EXIBIÇÃO E SEQUÊNCIA
O filme foi lançado na quarta-feira de cinzas, 25 de fevereiro de 2004. Apesar das controvérsias e até tentativas de boicote, o filme conseguiu ser um sucesso de bilheteria. Em sua semana de estreia, conseguiu mais de US$ 83 milhões de dólares de arrecadação. Foram mais de US$ 370 milhões nos Estados Unidos e Canadá e totalizando em todo o mundo mais de US$ 611 milhões.
Ele voltou a ser o mais visto nos Estados Unidos, em abril, durante a Semana Santa de 2004.
Por considerar Jesus um profeta, países com maioria islâmica como Kuwait e Bahrein proibiram sua exibição, pois no islamismo é proibido a representação visual de profetas.
Uma sequência do filme, intitulada A Paixão de Cristo: Ressureição, está atualmente em produção. O filme se concentrará nos eventos que ocorreram entre os três dias da crucificação de Jesus e de sua ressurreição. De acordo com algumas fontes, as filmagens começaram em 2019 e segundo o ator Jim Caviezel, será o maior filme da história.